Sindiserv representa categoria na CPI da saúde

 Sindiserv representa categoria na CPI da saúde

Atualizado em 21/11/2023

O Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), por meio da presidente, Silvana Piroli foi ouvido na tarde desta terça-feira (14) pelos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, no Legislativo municipal. O Sindiserv representa 1,8 mil servidores que atuam na área da saúde e também os usuários do município enquanto membro do Conselho Municipal de Saúde (CMS).

Em três horas de depoimento, Silvana pontuou que há falta de gestão de saúde no município de Caxias do Sul, especialmente quando se trata da terceirização nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS). “Isso é ruim para os servidores, ruim para os usuários e caro para o município”, destacou.

Precarização das relações de trabalho

Além de destacar o custo elevado de manter um serviço terceirizado, a presidente do Sindiserv salientou a precarização das relações de trabalho. “Atualmente os processos trabalhistas no Tribunal Superior do Trabalho (TST) que se referem às terceirizações tendo como o ente público o contratante ocupam a quinta posição e aqui não é diferente, sabemos dos baixos salários e da rotatividade nas UPAS.”

Indicadores x receita

A falta de profissionais na atenção básica foi outro ponto de destaque. “Quando não existe uma equipe completa para atender a população, as ações preventivas não são realizadas de forma adequada, assim, as metas preconizadas pelo SUS não são atendidas e isso significa menos verba para o município”, assinala.

De acordo com Silvana a falta de investimento na atenção básica resulta em sobrecarga na média e alta complexidade. “É preciso estabelecer ações preventivas que em médio e longo prazo significarão mais saúde para a população e menos sobrecarga nas UPAS e Hospitais”, frisa.

Municipalizar é mais caro?

Quando questionada sobre os custos da municipalização pelo vereador Maurício Scalco (Novo), Silvana solicitou que os dados fossem apresentados. “Não é uma questão de custo quando se fala de saúde, precisamos falar é de qualidade. Custo elevado é quando a população não é bem atendida. Quando um serviço é prestado por servidores que mantém vínculos e conhecem a realidade da população o cuidado é mais assertivo, afetivo e com mais qualidade”, respondeu.

População bem atendida

Ao final do depoimento, Silvana destacou a preocupação com a população, a necessidade de resolver o impasse em relação à contratação de médicos destacando que a remuneração deve ser atrativa ao ponto de reter os profissionais no SUS. “Boa parte da resolução do problema passa pela Lei 409/2012 que criou carga horária e base de remuneração diferente para mesmas funções, incluindo os médicos”, afirma.

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