Sindiserv questiona proposta de escola cívico-militar estadual

 Sindiserv questiona proposta de escola cívico-militar estadual

Atualizado em 26/05/2023

“O professor e o aluno que não gostar da escola cívico-militar, pode procurar outro lugar. Nós ajudaremos a encontrar outra escola”, foi nesse tom que o coordenador estadual das escolas cívico-militares, Marcelo Borella apresentou o modelo educacional durante a reunião da Frente Parlamentar pelas Escolas Cívico-Militares em Caxias do Sul, na tarde desta quinta-feira (17/02), no plenário da Câmara de Vereadores.

Após a apresentação, na qual explicou que existem dois formatos: o Federal e o Estadual, exemplificou o Estadual tendo como base uma escola em uma cidade do interior de Goiás. A contrapartida do município seria a aquisição de uniformes, auxílio-subsídio para o monitor que acompanha a escola. “Não há interferência na parte pedagógica. O monitor não pode tocar ou fazer algum ato contra o estudante, ele age apenas fora da sala de aula”, diz.

A diretora do Sindiserv, Claudia Detânico Calloni acompanhou a apresentação na Câmara e destaca as dúvidas. “Não ficou claro como se daria o processo democrático de aceitação da escola pela comunidade, tampouco como seriam as Parcerias Público-Privadas (PPPs) para revitalização das estruturas físicas”, observa.

O presidente do Conselho Municipal de Educação, Alvoni Prux dos Passos, revelou preocupação com a equidade no ambiente escolar, ou seja, o respeito à igualdade de direitos, mas também em relação aos problemas já existentes na rede. “O município há muito se esforça para sanar as dificuldades em relação à vagas, estrutura e segurança. Neste momento, a implantação deste modelo seria mais um problema a ser resolvido”, destaca.

A titular da Secretaria Municipal de Educação (SMED), Sandra Negrini, questionou os dados apresentados pelo coordenador, especialmente sobre o tempo dedicado pelos professores aos trabalhos administrativos, que segundo ele seria 12% e que com a implantação do sistema seria reduzido. “Não tenho esse registro, aliás, o planejamento pedagógico demanda muito mais tempo”, salienta.

 

0 Shares

Relacionados