Seminário sobre assédio moral revela necessidade de enfrentamento

 Seminário sobre assédio moral revela necessidade de enfrentamento

Atualizado em 26/05/2023

Na manhã desta quarta-feira (15), a direção do Sindiserv por meio do diretor de relações de trabalho, Diames Rogério de Souza Silva, realizou um seminário sobre assédio moral no trabalho, abordando os aspectos psicológicos e jurídicos com a apresentação de três especialistas na área. A attividade aconteceu de forma presencial com transmissão pela plataforma ZOOM e pelo YouTube.

A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli deu as boas-vindas aos participantes relembrando que o modelo capitalista em que estamos inseridos muitas vezes corrobora para a disseminação da prática.Já Silva, salientou a importância dos delegados e delegadas sindicais na multiplicação das informações sobre o assunto no ambiente de trabalho.

A psicóloga Sarajane de Oliveira abordou as principais formas de assédio e como muitas vezes as organizações instigam as pessoas a competirem no ambiente de trabalho. “O abuso de poder pode acontecer de forma descendente, ou seja, de um superior, entre colegas da mesma hierarquia que é o horizontal e até mesmo o ascendente quando um assediador suscita os colegas para assediar os superiores”, destaca.

A necessidade de posicionamento contra as estratégias ocupacionais de humilhação e controle está entre as ferramentas de combate. “É como naqueles casos em que a criança sofre abusos de outra criança maior e quando decide revidar, o agressor entende que precisa buscar outra vítima mais fraca. É preciso posicionar-se”, assinala. A apresentação feita por Sarajane pode ser acessada AQUI.

Logo após, o especialista em assédio moral, André Souza Aguiar abordou o uso do termo “Assédio Moral no Brasil”, lembrando a precursora do assunto no país, a médica Margarida Barreto, no mesmo ano em que a francesa, Marie-France Hirigoyen iniciou a abordagem na Europa, em 2000. Aguiar também citou a Lei Municipal de 2014 que estabeleceu regras e punições para a prática de assédio entre os servidores de Caxias do Sul.

Por fim, o assessor jurídico do Sindiserv, Ricardo Bertoncini destacou alguns exemplos que ocorrem no cotidiano e as diferenças entre o assédio no serviço público e na iniciativa privada. “Em algumas situações a pessoa chega ao escritório e diz que está sofrendo e quer demitir o colega e, em outras, chora muito e não sabe que está acontecendo e na verdade está sendo assediada moralmente. O assediador que se aproveita de uma sociopatia para fazer mal ao colega, que sabe quando fala, como pequenos furinhos de agulha, pequenos atos, falas e esse conjunto vai degradando a pessoa. Para encaminhar a resolução, venham ao Sindicato para contar a sua história”, convida.

Conforme Diames, o assunto deverá ser ainda mais aprofundado em 2022, com palestras e seminários. “Promoveremos mais atividades como esta no próximo ano, nosso objetivo é que o ambiente de trabalho seja saudável e equilibrado”, destaca.

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