Aprovação do Novo FUNDEB! Vitória para a Educação!
A mobilização dos profissionais da educação, sindicatos e centrais de defesa do trabalhador foram fundamentais neste processo.
Atualizado em 26/05/2023
Após uma queda de braço entre o governo federal e o Congresso ao longo dos últimos dias, o novo Fundeb (Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais da Educação) foi aprovado em primeiro turno na noite desta terça-feira (21) na Câmara dos Deputados. A mobilização dos profissionais da educação, sindicatos e centrais de defesa do trabalhador foram fundamentais neste processo.
O Sindiserv atuou intensamente na mobilização da categoria para pressionar os deputados em favor do Fundo. Na última segunda-feira, a entidade realizou uma LIVE mediada pela presidente, Silvana Piroli com a participação da presidente do CPERS, Helenir Schurer e da técnica do Dieese, Anelise Manganelli, para reforçar a importância de pressionar os parlamentares.
A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15, que torna permanente o novo fundo, foi uma grande derrota para Jair Bolsonaro e uma grande vitória para a educação pública. O placar foi de 499 votos favoráveis à PEC e apenas 7 contrários.
O novo relatório foi apresentado nesta terça pela deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO). Sem votos, o governo cedeu e o projeto começou a ser votado.
No novo texto a parcela de contribuição da União passa de 10% para 23%. Na versão anterior, que estava sendo negociada entre Executivo e Congresso, a contribuição chegava a 20%. A relatora também incorporou algumas sugestões discutidas com o governo.
Conforme a PEC, a complementação da União para o Fundeb crescerá de forma gradativa ao longo dos próximos seis anos (2021 a 2026).
A proposta que havia sido apresentada pelo general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, previa que 5% dos recursos do Fundeb fossem destinados ao programa social Renda Brasil.
No acordo firmado nesta terça na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não haverá destinação de recursos, mas apoio para a criação do programa, que Bolsonaro pretende criar em substituição ao Bolsa Família. Se aprovado na Câmara, o projeto segue para o Senado