Mulheres em desvantagem no mercado de trabalho
As mulheres ganham 17% menos que os homens na América Latina e no Caribe, mas as “condições desfavoráveis” que enfrentam no mercado de trabalho não se restringem aos salários, conforme estudo publicado pelo DIEESE, analisando o 4º trimestre de 2019, no Brasil, o rendimento mensal delas é 22% menor, sendo que entre as que possuem ensino superior, o percentual passa para 38%.
Atualizado em 26/05/2023
As mulheres ganham 17% menos que os homens na América Latina e no Caribe, mas as “condições desfavoráveis” que enfrentam no mercado de trabalho não se restringem aos salários, conforme estudo publicado pelo DIEESE, analisando o 4º trimestre de 2019, no Brasil, o rendimento mensal delas é 22% menor, sendo que entre as que possuem ensino superior, o percentual passa para 38%. Não bastasse o salário menor, ainda contam com a jornada dupla, muitas vezes tripla. A média de horas semanais dedicada aos afazeres domésticos são de 21h18 para elas e 10h54 para eles.
Na hora de pleitear uma vaga, elas também estão em desvantagem. A taxa de desemprego feminina excede a masculina e persistem as barreiras culturais na entrada de homens e mulheres em segmentos importantes dos mercados de trabalho predominantemente femininos (serviço doméstico) e predominantemente masculinos (mineração). As mulheres representam 13,1% do índice de desempregados, enquanto os homens somam 10,2%.
Quando a aposentadoria chega, mais uma desigualdade. O rendimento médico dos homens é de R$ 2.051,00, enquanto as mulheres recebem em media R$ 1.707,00.
A OIT recomenda a adoção de políticas para fomentar a incorporação da mulher ao universo do emprego e propõe que as empresas adotem sistemas de contratação de funcionários “sem preconceitos de gênero”, entre outras medidas.