Servidores precisam suprir carência de materiais

 Servidores precisam suprir carência de materiais

Atualizado em 26/05/2023

Os problemas estruturais nas áreas da saúde e educação já são conhecidos dos servidores e população, agora, além disso, os trabalhadores municipais precisam conviver com a fata de insumos. Em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), foi constatado pelo Sindiserv a falta de medicamentos, insumos e instrumentos de trabalho. Um dentista, por exemplo, compra com o dinheiro de seu salário sugadores para atender os  pacientes. Nas escolas, o café e até mesmo o papel higiênico usado pelos professores são pagos pelos servidores. Para registrar os atendimentos e fazer as anotações que são necessárias, muitos agentes de saúde precisam comprar os cadernos e canetas também com o seu próprio investimento.

Reforma de gabinete é falta de consideração

No dia em que o jornal estampa a notícia da reforma no gabinete do Prefeito, o Sindiserv mantém sua rotina de visita aos postos de trabalho, ficando de frente com a realidade do trabalhador municipal. “É muita falta de consideração com a população e o servidor. Enquanto o atendimento é feito muitas vezes em meio à precariedade surge essa notícia de reforma no gabinete”, salienta o vice-presidente do Sindiserv, Rui Miguel da Silva, ao sair da UBS Centenário que apresenta diversos problemas estruturais.

Do próprio bolso

Logo que a filha começou a frequentar a escola, o administrador financeiro Volmir João Moschen, 50 anos, procurou a direção da EMEF Arnaldo Balvê, para ajudar no que fosse necessário. Lá se vão seis anos como integrante do Conselho Escolar, auxiliando nas deliberações das áreas administrativas, financeiras e pedagógicas que envolvem a instituição. “Escola não é apenas aprendizado, é uma extensão da família. Os servidores fazem o que é possível, muitas vezes deixam de lado suas famílias para se dedicarem à escola, mas nem sempre têm a contrapartida. O café e até mesmo o papel higiênico são por conta dos professores”, reitera.

 

Sem materiais de trabalho

Outro grupo afetado pela precariedade é a dos agentes comunitários de saúde. À exemplo de Larissa*  que atua como agente comunitária de saúde na região do bairro Canyon. Ela é responsável pelo acompanhamento e cuidado mensal de 200 famílias (aproximadamente 700 pessoas), os acompanhamentos são registrados em cadernos e canetas comprados pela própria Larissa. Para a categoria de servidores com o menor salário, o pagamento de incentivo e insalubridade é fundamental para garantir melhores condições de vida.

*O nome é fictício para preservar a identidade e evitar ações de assédio moral e demissão.

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