Sindiserv participa de ato em defesa da Justiça do Trabalho e Democracia
Atualizado em 26/05/2023
Lideranças dos movimentos sociais e dos trabalhadores de Caxias do Sul, entre eles o Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul, por meio da sua diretoria e representantes do judiciário realizaram Ato Em Defesa da Justiça do Trabalho e da Democracia na tarde desta terça-feira (05/02) em frente ao prédio da Justiça do Trabalho. O encontro trouxe reflexões importantes sobre a medida que significa a chancela para escravização do trabalhador no Brasil.
Representando o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) Rui Miguel da Silva, defendeu a importância do órgão no amparo e cumprimento da legislação. “Não existe democracia sem a Justiça do Trabalho, resistiremos sempre”, destacou.
Para o líder sindical e representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Assis Melo, o momento é de intercessão pela democracia e o estado de direito para assegurar a integralidade do trabalhador. “Sem democracia as instituições passam a ter papel secundário. Este Ato tem um simbolismo muito importante em tempos de chicote e repressão. Quem é mais forte, o empresário ou o trabalhador?”, questionou.
Pela OAB/RS subseção de Caxias do Sul Rudimar Luis Brogliato, relembrou o período de dificuldades antes da Justiça do Trabalho e que permanece até os dias atuais. “A justiça comum era uma loteria. Hoje, existe uma luta de classes para retirar os direitos conquistados. Reconhecemos a importância do órgão não apenas para os Sindicatos, mas também para a defesa dos trabalhadores e na correta interpretação dos direitos”, salientou.
A juíza do trabalho Ana Julia Fazenda Nunes, realizou seu pronunciamento em nome da AJD (Associação Juízes para a Democracia), enfatizando a importância do debate do estado democrático nos espaços de convivência, nas relações de trabalho e afetivas. “Onde há trabalho, há capital e onde há capital é necessário pacificação. O empresário inteligente já percebeu isso.”
As manifestações em defesa da Justiça do Trabalho e da Democracia ocorrem em todo o país, nesta mesma data. O representante da Associação Nacional da Justiça do Trabalho (Anamatra), Rafael Marques, salientou a importância do órgão “A Justiça dá voz àqueles que não eram ouvidos e os protege em suas manifestações. Ela é um símbolo da inclusão social”, afirmou. O magistrado relacionou ainda o excesso de trabalho na atualidade com décadas passadas. “Os trabalhadores têm uma grande arma que é parar, cruzar os braços e resistir.”
Por fim, o membro do Sintrajuf (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União) Luiz Claudio de Paiva Júnior, realizou a leitura de um manifesto à sociedade onde listou dados importantes como o percentual de renda dos 1% mais ricos no Brasil que é 36 vezes superior à média dos mais pobres. A cada 48 segundos ocorre um acidente de trabalho e um trabalhador morre a cada quatro horas, vítima de acidente.