Mídia e Poder no Brasil traz debate sobre Acesso à Internet – Democratização x Conspiração

 Mídia e Poder no Brasil traz debate sobre  Acesso à Internet – Democratização x Conspiração

Atualizado em 26/05/2023

As novas formas de participação via internet. A trajetória que vai da comunicação de massas à autocomunicação de multidões. As redes livres. As redes comunitárias. A internet para além de Wall Street (leia-se  Google e Facebook  que mercantilizaram a internet com suas práticas voltadas para os interesses da bolsa de valores).

O Acesso à Internet- Democratização x Conspiração é o tema escolhido pelo Coletivo de Comunicação Alternativa para a segunda etapa do Ciclo de Debates MÍDIA E PODER NO BRASIL. Os palestrantes serão Marcelo Branco e Rodrigo Troian, profissionais expoentes em tecnologia da informação e ativistas de software livre.

“Neste novo cenário de relacionamento horizontal, o valor maior está no engajamento do público na construção das campanhas, das políticas públicas e das marcas”, adianta Marcelo Branco. Para ele, “na democracia representativa liberal os mecanismos intermediários entre o indivíduo e o público, parlamentos e estruturas do executivo, estão caducos e precisam se reinventar”.

Com a experiência de quem adentra na Floresta Amazônica para instalar redes de internet para comunidades indígenas, Rodrigo Troian  pesquisa e desenvolve tecnologias de construção de redes que passam pela ideia de que as pessoas podem fazer suas redes próprias e se conectar à rede das redes (internet). “São redes de comunicação paralelas feitas com equipamentos de baixo custo e aprendizagem coletiva. Tenho visto casos muito legais onde a rede é a única forma de comunicação disponivel e que passa a ser utilizada como uma ferramenta de organização, auto-defesa e empoderamento cívico”, explica Troian.

O Ciclo de Debates  – MÍDIA E PODER NO BRASIL acontece no dia 8 de agosto, às 19h,  na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. O patrocínio é do Sindiserv e Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região, contando com o apoio da Taufe & Tapia Advocacia Trabalhista, Sindicomerciários Caxias do Sul, Sinpro/Caxias, Sindilimp e Sindicato dos Jornalistas/RS. A organização é do Coletivo de Comunicação Alternativa – grupo de profissionais caxienses da comunicação empenhado em promover outros olhares sobre temáticas sociais.

Em julho passado, o auditório da Câmara dos Vereadores lotou para ouvir os jornalistas Juremir Machado da Silva e Moisés Mendes, que participaram da primeira etapa do Mídia e Poder no Brasil 2018.

QUEM, COMO, QUANDO,  ONDE  e PORQUE o mundo está mudando mais do que rapidamente e a internet é disruptiva.

DIA 8 DE AGOSTO – CÂMARA DOS VEREADORES de Caxias do Sul– 19H – A participação nas palestras é gratuita, mas as vagas são limitadas. Terão prioridade os que se inscreverem  pelo e-mail caxiasmidiaepoder@gmail.com.

 

Marcelo Branco é profissional de tecnologia da informação e comunicação , ativista de software livre, pela liberdade do conhecimento, pelos direitos e novas formas de participação via Internet. Co-idealizador do projeto Conexões Globais, foi diretor geral da Campus Party Brasil nos primeiros três anos. Trabalhou para o Governo da Catalunya e foi membro do conselho assessor do mestrado internacional de software livre da Universitat Oberta da Catalunya (UOC Open University of Catalunya) e membro do conselho editorial do observatório da comunicação em Portugal.

Rodrigo Troian é ativista de software livre, pesquisa e faz redes em malha por wifi utilizando roteadores de baixo custo – as chamadas redes livres. Participa da comunidade Latino Americana de Redes Livres, palestrando e organizando eventos em diferentes países da América do Sul. Entre 2011 e 2013 desenvolveu implementações de redes comunitárias na região sul do Brasil e no Chile. Desde 2016, atua como consultor externo para organizações nacionais e internacionais construindo redes e ministrando oficinas no Brasil e no exterior. É um dos integrantes do coletivo da Coolab – laboratório cooperativo de redes livres, colaborando na instalação e no modelo de sustentabilidade de provedores comunitários de Internet no Brasil.

 

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